segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Brasil participará da missão de paz da ONU no Líbano

Foi com muita preocupação que li a matéria veiculada no Correio Brasiliense sobre a participação do Brasil na UNIFIL, Missão de Paz da ONU que desde 1978 visa, dentre outros objetivos, restabelecer a paz em uma das regiões mais perigosas do mundo, o Líbano. Após 2006, quando um enfrentamento entre o exército libanês e a milícia islâmica sunita Fatah al-Islam se enfrentaram, deixando um saldo de dezenas de mortes, o Conselho de Segurança da ONU também delegou à missão a tarefa de supervisionar as medidas para o fim das hostilidades.


Gente, não estou aqui querendo questionar a importância das missões de paz, mas o Líbano não é como o Haiti, onde apesar de haver episódios de violência, o maior confronto é contra a miséria absoluta e as catástrofes naturais. O Oriente Médio é o barril de pólvora do mundo e apesar de nós esposas estarmos cientes dos riscos inerentes à profissão de nossos maridos, certamente nenhuma de nós estamos preparadas para uma situação dessa.

Em agosto, militares morreram em um conflito no Líbano. Pergunto quem de nós se imagina recebendo uma notícia dessas e algumas tendo que repassá-la aos filhos?
Soldados libaneses e boinas azuis da ONU estão instalados na cidade de Adaisseh, na fronteira israelo-libanesa.
Reuters.
"Segundo informações divulgadas pelas autoridades locais, dois soldados e um jornalista morreram do lado libanês e um soldado morreu do lado isrealense na cidade de Adaisseh, na fronteira entre Israel e Líbano. Pelo menos quatro civis também ficaram feridos nos confrontos. O enfrentamento armado ocorre no dia em que o Hezbollah celebra o quarto aniversário do final do conflito de 2006 entre os dois países, e um dia depois de um ataque de foguetes contra as cidades de Eilat, em Israel, e Aqaba, na Jordânia." (Notícia veículada em site Português em 03 de agosto de 2010-http://www.portugues.rfi.fr/geral/20100803-soldados-morrem-em-troca-de-tiros-na-fronteira-entre-libano-e-israel)


O jornalista Cláudio Umberto, divulgou em sua coluna na Tribuna do Norte que: "... a Marinha do Brasil estuda enviar já em fevereiro, 150 fuzileiros navais para a “força de paz” da ONU numa das regiões mais perigosas do planeta: a “linha azul”, que separa Israel da área controlada, no Líbano, pelos terroristas do Hezbollah. A missão na Unifil (versão libanesa da Minustah, no Haiti) começa em dezembro, com o envio de um almirante e seu estado maior – quatro oficiais superiores e ajudantes suboficiais."

Essa notícia, postada no site www.naval.com.br/blog, gerou mais de 100 comentários sobre a previsão do Guilherme Poggio da chegada dos nossos militares em sacos pretos devido ao seu despreparo para um enfrentamento com terroristas.

O que podemos fazer é irmos acompanhando as notícias, dando nossa opinião e conversarmos com nossos maridos sobre o assunto para tentar dissuadí-los de serem voluntários, sim porque o meu já chegou com essa conversa de querer ir. Afffff... 

Entendo o entusiasmo em participar de algo maior, mas há que se pensar naquele ditado popular que diz que " a caridade começa em casa". Talvez possamos mudar o mundo começando pelo Brasil. Que tal?

Já no dia 14/10 (última quinta-feira), a Record divulgou imagens de um treinamento que aconteceu em Formosa - GO para preparar os fuzileiros  para participar da Missão do Líbano. (Pasmen, só pela TV descobri o que meu marido foi fazer em Formosa!)

 

 

2 comentários:

july disse...

Não quero nem imaginar meu amor la...

Unknown disse...

Nem Eu !

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